A Morte de Ivan Ilitch é o que chamo de protesto à mediocridade. Foi o meu primeiro contato com a literatura russa e acho que não tinha como começar melhor.
Esta é uma daquelas histórias que te acompanham pro resto da vida. Uma dolorosa reflexão sobre a nossa existência, em apenas 96 páginas de pura inspiração. O escritor brasileiro Dalton Trevisan tem uma frase definitiva a respeito do livro: “Todo homem morre duas vezes. A primeira é quando lê A Morte de Ivan Ilitch”.
Reflexões
É um enredo sobre a vida e sobre a morte. Tolstói nos convida a refletir junto com o protagonista sobre nossas escolhas, pessoas que queremos ao nosso redor, e principalmente, sobre o que queremos fazer com nossas vidas.
É pesado, é triste, e bateu em mim como um soco no estômago. Tanto que na sequência eu escolhi um romance bem tranquilo, porque minha cabeça já tinha sido totalmente desgraçada. DES-GRA-ÇA-DA.
O texto nos ensina que podemos já estar mortos mesmo em vida, quando damos elevado valor a coisas que no fim das contas são assustadoramente insignificantes.
A obra faz críticas à sociedade de sua época, mas que se encaixam no nosso contexto de vida mais de um século depois.
Ivan Ilitch é um burocrata, cujo lema era ter uma vida leve e agradável. Ele tem um bom emprego, é respeitado e goza de um certo status social. Casou-se com uma bela mulher por conveniência e não possui muitos amigos. Quando se descobre perto de sua morte, ele percebe que… bem, você vai ter que tirar suas conclusões sozinho.
A Morte de Ivan Ilitch
“E se na verdade toda minha vida tiver sido errada?”
Lev Tolstói