As aventuras de Alice no País das Maravilhas foi lançado em 1865 por Lewis Carrol, e até hoje conquista legiões de fãs. Eu tinha apenas alguma ideia da história, embora não tenha assistido a clássica animação, muito menos lido o texto antes.
Esta leitura veio depois de uma conversa com meu irmão. Comentei que adoro livros com temas mais pesados que me colocam pra refletir, mas ao mesmo tempo estas leituras trazem uma carga emocional grande, por isso precisava ler algo mais tranquilo. A dica dele foi justamente “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”.
O livro conta a história de Alice, que depois de seguir um ansioso coelho branco em meio a devaneios de uma tarde de verão vai parar num lugar surreal, onde nada funciona de forma lógica e as leis da física não se aplicam. Me chamou atenção a subversão do formato clássico das histórias infantis como conhecemos. Lewis Carroll não está preocupado em passar uma lição de moral por trás do enredo com um histórinhas fofinhas. Ele coloca Alice ao lado de animais falantes e objetos que ganham vida num mundo ilógico, que vai fritando a mente da menininha.
Os personagens que cruzam o caminho de Alice não são necessariamente bons ou maus e parecem viver no meio do mais completo caos, ao ponto que uma criança se torna a voz da razão em meio a tanta coisa sem sentido. Olhando do ponto de vista de uma criança, pouca faz sentido mesmo, né?
As aventuras de Alice no País das Maravilhas é um clássico atemporal, por ainda dialogar com as novas gerações mesmo 150 anos depois de ser lançado. Mas principalmente por conseguir trazer ao leitor diferentes leituras e interpretações das diversas simbologias que encontramos ao longo da história.
A experiência de leitura foi incrível, o livro parece uma grande viagem alucinógena, com cenas desconexas e roteiro imprevisível que joga o leitor no meio de uma grande loucura. Rapidamente você se pega tentando racionalizar junto com a Alice sobre aquela série de acontecimentos que nos são apresentados. Uma história sobre um país das maravilhas que não é, digamos, tão maravilhoso assim.
Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve
Lewis Carrol
As aventuras de Alice no País das Maravilhas | Lewis Carrol
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