Quando começo a ler uma história espero ter a mesma empolgação que tive devorando as páginas de O Senhor dos Anéis muitos anos atrás, e finalmente isso aconteceu! Sabe aquela sensação de êxtase quando lemos algo tão incrível que só conseguimos fazer duas coisas: ou estamos lendo o livro ou estamos pensando no livro. Fundação venceu o prêmio Hugo de melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos. A trilogia é incrível em tantos aspectos, que resumi-la em poucos parágrafos é quase impossível. A escrita ágil e super fluída de Asimov ajuda o leitor a adentrar a trama que em 3 livros compreende um período de mil anos, num contexto onde a galáxia foi colonizada pelos humanos.
A trama é simples, a história se passa no espaço e é cheia de guerras interplanetárias, mas o texto fala muito, muito mesmo, sobre política, sociologia, psicologia, filosofia e diversos subtextos em meio à ficção científica rolando de fundo.
Hari Seldon é um cientista que desenvolve uma ciência chamada psico-história, que combina matemática e sociologia. Ele consegue assim, prever o movimento em massa da sociedade ao longo dos anos e descobre que todo império humano entrará em declínio no próximo milênio. Seldon sugere a criação de duas Fundações, cada uma posicionada no extremo oposto da Galáxia.
A primeira Fundação fica responsável por preservar e difundir o todo conhecimento humano e a tecnologia. A segunda, ninguém soube muito bem qual seria o seu papel, nem onde estaria localizada de fato.
A série Fundação claramente inspirou Star Wars, Carl Sagan, Elon Musk, Steven Spielberg, histórias e personagens da Marvel e da DC, ou seja: é um verdadeiro legado para toda cultura pop e amantes de temas espaciais. Foi a primeira vez que me vi analisando a estrutura narrativa de uma história, percebendo o autor plantando uma ideia que seria desenvolvida só no livro seguinte; e foi quando me dei conta que eu quero escrever tão bem quanto este homem um dia.
É UM ESPETÁCULO!
Fundação | Isaac Asimov
“A violência é o último refúgio do incompetente”
Isaac Asimov
1 comentário
[…] consegui sentir aquela mesma sensação de descoberta e aventura de “O Senhor Dos Anéis” e “Fundação” por exemplo. O livro tem pontos altos como trama política e as reflexões sobre religião, mas […]