Edgar Allan Poe
Escolhi como leitura “ Os Assassinatos na Rua Morgue” como parte do meu projeto pessoal de ler livros que serviram de inspiração para músicas do Iron Maiden, assim como fiz com “O Senhor das Moscas”, “Coração das Trevas”, “Além do Planeta Silencioso” e “Duna”. Além disso, claro que ler Edgar Allan Poe é uma experiência muito interessante, afinal, o poema “O Corvo” é uma das coisas mais lindas que eu já li.
É curioso notar que Os Assassinatos na Rua Morgue seja considerada uma das primeiras histórias modernas de detetive, já que não há aqui efetivamente um detetive solucionando crimes. O personagem C. Auguste Dupin não é detetive ou policial, e sua introdução feita pelo narrador é lenta e arrastada. Ou seja: logo de cara o livro não me pegou.
O excêntrico Dupin possui complexas habilidades de observação, análise e dedução, e gosta de solucionar mistérios de forma exibida. Ele lembra um pouco Sherlock Holmes, mas não consegui sentir a mesma empatia por ele.
Minha experiência de leitura não foi das melhores. Poe escreve muito bem, consegue criar um cenário interessante e monta um crime aparentemente impossível de se resolver. A trama é um pouco truncada no começo mas depois se desenrola com mais agilidade, então o autor direciona o leitor para um desfecho completamente improvável e inesperado.
Pra quem gosta de mistério é um prato cheio, mas confesso que nenhum dos 3 contos desta edição me pegou. Além de Os Assassinatos na Rua Morgue, temos também “O Mistério de Marie Rogêt” e “A Carta Roubada”. Entendo toda a influência desta história nos autores de “literatura policial” que vieram posteriormente, mas não funcionou muito bem pra mim.