Cem Anos de Solidão é uma das 12 obras do meu projeto #12livrospara2021. Esta maravilha escrita pelo vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel Garcia Marquez é mais do que um ótimo livro, é uma experiência literária extraordinária. Um dos grandes clássicos da literatura.
Pesquisando a respeito da obra duas coisas me chamaram atenção: muitos elogios e muita gente falando que desistiu no meio da leitura. De fato, Cem Anos de Solidão é um pouco confuso e demanda muita atenção do leitor. Mas todo o empenho é recompensado com uma narrativa poética, que mistura cenas reais com pitadas de um realismo exagerado que dá um toque especial na história, e que conta também um pouco da história de luta e resistência dos povos na sangrenta América Latina.
O livro narra a história da família Buendia ao longo de sete gerações na cidade fictícia de Macondo. O autor deixa a trama embaralhada propositalmente, ele transita entre presente, passado e futuro ao longo das páginas com extrema facilidade. Mas não é só isso. Conforme a trama avança, nascem novos membros da família com os mesmos nomes e sobrenomes que seus antepassados, por isso, é normal se confundir em certas partes. Esta edição tem uma imagem da árvore genealógica da família Buendia que me ajudou bastante.
Gostei da sensação de não saber exatamente se passa a história, da capacidade do autor de manipular o tempo e o espaço ao longo da trama. Temos aqui uma história de amor, de luta, sobrevivência, esquecimento, resistência, perdão, e sobretudo de solidão. De alguma forma e mesmo que cercados por outras pessoas, os personagens principais do livro são solitários e melancólicos.
Depois da metade do livro você percebe um certo ciclo de acontecimentos que rondam a família Buendia, onde o conceito de passado, presente ou futuro pouco importa, e como os fantasmas – reais ou não – e que assombram os habitantes de Macondo são atemporais.
Com este universo único e complexo que Gabriel Garcia Márquez proporcionou uma das leituras mais marcantes que já tive contato. Nota 10.
2 comentários
[…] Gabriel Garcia Marquez que pego pra ler, depois de “Crônica de uma Morte Anunciada” e “Cem Anos de Solidão”. Minha admiração pelo seu trabalho cresce a cada nova leitura, Gabo conta histórias sobre os […]
[…] alguns momentos o autor mistura o realismo fantástico de Gabriel Garcia Marquez e os labirintos enigmáticos de Jorge Luis Borges para deixar suas histórias ainda mais surreais. […]