Como a humanidade reagiria a uma possível invasão alienígena? Quais as consequências políticas, econômicas, sociais e culturais da influência de uma civilização muito mais avançada que a nossa ditando as regras por aqui? Arthur C. Clarke traz essas e outras reflexões em O Fim da Infância.
Este livro foi indicação do meu grande amigo Carlos Rubio, e minha porta de entrada pra ficção científica.
Invasão Alienígena
Nos primeiros anos da Guerra Fria, a Terra é surpreendida por naves espaciais que surgem nos céus de algumas capitais nos cinco continentes. Apesar da situação incomum, os visitantes não se mostram perigosos e não estão invadindo o planeta. Depois do estranhamento inicial, os humanos apelidam os seres extraterrestres de senhores supremos e vão se acostumando com a presença de naves pairando sob suas cabeças.
Com a ajuda desses seres dotados de uma inteligência infinitamente superior à nossa, a humanidade chega a um cenário utópico de paz e prosperidade. A fome é erradicada, não existem mais guerras e a vida de forma geral se torna mais justa e igualitária.
A partir daí o autor nos apresenta questões interessantes. Como os homens se desenvolvem quando não existe muito pelo que lutar e se vive num estado de eterno contentamento? Como é viver num mundo em que sobra pouco espaço pra nossa curiosidade, se o que nos move é justamente o desejo de aprender, conquistar e explorar? Isso afeta nossas aspirações, sonhos e prioridades?
Afinal, quem são esses seres alienígenas e qual a sua verdadeira motivação? O Fim da Infância tem um final arrebatador!
A falta de um personagem principal pra me guiar durante a história me deixou um pouco perdido em alguns momentos, mas isso não foi um grande problema. A narrativa flui naturalmente e em algum ponto a história se encaixa.
O Fim da Infância me deixou com vontade de ler mais histórias com esse viés filosófico, e me aprofundar no gênero. É sem dúvidas um dos livros que me inspirou a querer entender mais sobre o comportamento humano.
O Fim da Infância
“É algo difícil de aceitar, mas vocês precisam fazê-lo. Talvez um dia possam vir a ser donos dos planetas. Mas as estrelas não são para o homem“
Arthur C. Clarke
2 comentários
[…] de uma ótima experiência de leitura com O Fim da Infância, me pareceu uma boa ideia seguir dentro da ficção científica. A Máquina do Tempo foi uma das […]
[…] que mais me atrai nas obras de Arthur C. Clarke (autor de “2001 Uma Odisséia no Espaço” e “O Fim da Infância”) é sua capacidade de imaginar futuros distantes, além do seu eterno questionamento sobre vida […]