Minha experiência de leitura com “A Máquina do Tempo” de H. G. Wells foi tão notável que pouco tempo depois voltei ao autor e desta vez escolhi “O Homem Invisível”, que recentemente ganhou mais uma adaptação pro cinema.
Logo de cara conhecemos o Dr. Griffin, um cientista obcecado por descobrir a fórmula da invisibilidade (como já era de se esperar). Depois de algumas tentativas frustradas, nosso protagonista enfim consegue o que deseja. Neste ponto as explicações do autor sobre como o cientista consegue se tornar invisível são bastante críveis. Então a trama assume um tom mais psicológico, mostrando como o experimento mexe com a cabeça de Griffin.
A história segue de forma simples e com inesperadas doses de humor, ele segue para uma pequena cidade chamada Iping, e tenta esconder sua invisibilidade usando óculos escuros, luvas, ataduras e um grande chapéu. Com a chegada do forasteiro os cidadãos da cidade começam a desconfiar que aquela estranha figura esconde algum segredo, e as coisas fogem completamente do controle de Griffin.
O destaque é a linguagem acessível e os pontos de tensão durante a trama. Por outro lado, os personagens são simples e pouco desenvolvidos, deixando a história um tanto rasa em certos momentos. É um bom livro, mas não achei tão empolgante quanto “A Máquina do Tempo”. Mas se você quer ler uma aventura interessante e escrita há mais de um século por um dos autores mais influentes da ficção científica, aproveite a jornada!
Assisti ao recente filme inspirado no livro e com a ótima Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale) num papel que nem existe na história original e achei uma grande patifaria.
Ele era um sociopata. Ele disse que eu nunca poderia deixá-lo. Ele controlava a minha imagem e o que eu vestia. Depois ele controlava quando eu saía de casa e, eventualmente, até o que eu pensava.
H. G. Wells
O Homem Invisível | H. G. Wells
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